Arquivo mensal: junho 2016

DIABETES

Apesar de sido desenvolvido para interesses relativos à saúde, o método Pilates a princípio foi disseminado quase que exclusivamente entre atletas e dançarinos com a finalidade de melhorar o desempenho físico. Nos dias atuais, tem se tornado mais popular na reabilitação, orientação e correção postural e no condicionamento físico, e, mais recentemente tem atraído o interesse do meio acadêmico. Atualmente as pesquisas que abordam o tema Pilates já mostram os seus benefícios bem discutidos. Nosso artigo de hoje mostra a importância do Pilates para portadores de diabetes mellitus baseado em seus benefícios específicos.img-diabetes

A diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando um aumento da glicose (popularmente conhecida como “açúcar”) no sangue.

A glicose é a principal fonte de energia do organismo, porém, quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde como, por exemplo, o excesso de sono no estágio inicial, cansaço e problemas físico-coordenativos ao efetuar as tarefas desejadas. Quando não tratada adequadamente, podem ocorrer complicações como ataque cardíaco, derrame cerebral, insuficiência renal, problemas na visão, amputação do pé e lesões de difícil cicatrização, dentre outras complicações.

Os exercícios aeróbicos e anaeróbicos ajudam a melhorar os níveis de glicose no sangue. Em um exercício aeróbico, o primeiro elemento que se consome é a glicose já convertida. No exercício anaeróbico, é feita a queima de carboidratos (antes de ser convertido em glicose) e em alguns casos da gordura, aumentando o gasto das calorias. Dessa forma, o exercício físico ajuda a melhorar a combustão da glicose, e isto muda a maneira com que o corpo reage à insulina, aumentando a sensibilidade do corpo à mesma. Os exercícios de Pilates oscilam entre aeróbio e anaeróbio, dependendo do ritmo, intensidade e característica pessoal do aluno na resposta ao estímulo.

Os exercícios de alongamento podem melhorar a qualidade de vida do portador diabetes. É esperado que com esses exercícios o diabético tivesse uma melhor utilização da glicose pelos músculos alongados e consequente diminuição da hiperglicemia, visto que a doença afeta tendões, circulação e sensibilidade tátil e, essa razão pode limitar a amplitude de movimento e reduzir a funcionalidade do diabético.diabetes-250x175

Segundo estudos de 2003, os exercícios de alongamento são importantes, pois os diabéticos produzem mais produtos finais de glicolização do que o não diabéticos; ou seja, suas moléculas de glicose aderem a várias estruturas do corpo, incluindo a cartilagem e o colágeno, fazendo com que elas endureçam e percam sua flexibilidade normal mais aceleradamente que em pessoas normais. Portanto, os diabéticos são mais propensos a lesões como a tendinite e a capsulite adesiva, que se caracteriza por movimentos dolorosos e limitados do ombro.

Pacientes diabéticos apresentam complicações no aparelho musculoesquelético, como por exemplo, osteopenia, artropatias de Charcot, síndromes do túnel do carpo, periartrites do ombro, dedos em gatilho, síndrome da mão rígida, contratura de Dupuytren, dentre outros. Acredita-se que essas alterações se devam à hiperglicemia crônica e são semelhantes àquelas que acontecem no processo de envelhecimento. Nessas duas situações, encontra-se um aumento nas ligações intermoleculares do colágeno, que passa a apresentar uma cor mais escurecida (amarronzada), aumento na fluorescência, resistência à digestão enzimática e perda da elasticidade.

As regiões que apresentam maior limitação em diabéticos são as falanges, punhos e os ombros. Acompanhar os índices de flexibilidade e propor exercícios de alongamento, particularmente nas extremidades, em diabéticos, torna-se importante como um dos meios para reduzir os problemas que a falta de flexibilidade pode ocasionar.

Apesar de não existir nenhum estudo com o método Pilates comprovando a melhora em todas essas alterações, em nossas evidencias clínicas, observamos que a integração de movimentos de flexibilidade e resistência muscular apresenta significantes benefícios e melhora dos sintomas em nossos pacientes diabéticos.

Nos diabéticos, o treinamento resistido (típico do método Pilates) auxilia na diminuição das taxas de açúcar no sangue e também aumenta a absorção celular de insulina. Mesmo em pessoas com histórico favorável à diabetes (obesas, com pressão alta ou com casos de doenças na família), há redução dos riscos.

O exercício resistido é denominado como a capacidade de o músculo gerar força em contrapartida a uma determinada resistência, estando incluídos exercícios com pesos livres, máquinas, peso corporal contra a gravidade, entre outros. Está inserido como parte de qualquer tipo de atividade física, seja ela visando desempenho, melhoria na qualidade de vida e saúde.

Segundo recomendações do American College Of Sports Medicine e American Heart Association, visando à promoção de saúde, adultos podem se beneficiar dos exercícios de força com a prática de pelo menos duas vezes por semana, sendo realizados de oito a dez exercícios em dias alternados utilizando-se os grandes grupos musculares e realizando entre oito a doze repetições para cada exercício.

Essas recomendações são exatamente as mesmas oferecidas pelo método Pilates praticado, por exemplo, duas vezes por semana. O ganho de massa muscular resultante do treinamento de força, melhora a absorção da glicose, além do aumento da massa magra e consequente controle de peso são benéficos para indivíduos diabéticos.

Salientemos que a pessoa com diabetes deve ser avaliada de forma adequada antes de entrar em qualquer exercício físico. O exercício sem supervisão pode ter efeitos negativos, por exemplo, levantar peso demais aumenta a pressão nos vasos sanguíneos dos olhos. Da mesma forma outras pessoas podem ter problemas com os nervos dos pés ou das pernas, e estão suscetíveis a lesões.

Outro problema que pode ocorrer com a alta intensidade do exercício são as hipoglicemias (quedas na taxa de glicose sanguínea). Os altos níveis dos hormônios provenientes da tensão (cortisol) aumentam o nível de glicose no sangue. O Pilates ajuda a normalizar os níveis de cortisol no sangue, pois trabalha bastante a respiração, melhorando a oxigenação sanguínea e proporciona um relaxamento muscular.

Ele reduz o risco de problemas cardíacos, melhora a função intestinal, a circulação nos membros inferiores, reduz o mau colesterol (LDL) e eleva o bom (HDL), aumenta a energia e ajuda a manter a estabilidade emocional.

Pilates é recomendado especialmente para pessoas cuja saúde não permite praticar esportes e atividades fortes e com risco de gerar lesões. Pilates não requer grande força física nem de longas horas de exercício, e é de baixo impacto.

É fato que o método Pilates apresenta inúmeros benefícios para qualquer indivíduo, sendo ele patológico ou não, portanto, aplicar o método Pilates no tratamento do diabetes mellitus, é sem sombra de dúvidas uma boa opção. No entanto, o diabético deve continuar a cuidar de sua alime11ntação e seguir rigorosamente as recomendações médicas.

Quando comparado a outras condições patológicas crônicas, a diabetes é um fator com maior grau de dificuldade em ser tratado. Isso por que o tratamento para a diabetes envolve a união de uma série de iniciativas, mesmo que o grande foco ainda esteja voltado ao uso de insulina ou antidiabéticos. É preciso voltar-se também à reeducação alimentar do paciente, além do apoio psicológico e, claro, a prática de exercícios físicos.

Em resumo, especificamente para quem tem a diabetes, o Pilates pode aumentar:

  • A captação da glicose pelos músculos (diminuindo a glicose no sangue), inclusive após o exercício, no período de repouso;
  • Melhorar a ação da insulina e de antidiabéticos orais;
  • Aumentar a tolerância à glicose;
  • Reduzir fatores de risco cardiovasculares, triglicérides e colesterol;
  • Aumentar o fluxo de sangue muscular e a circulação nos membros inferiores, prevenindo os efeitos da aterosclerose;
  • Reduzir a perda da massa óssea;
  • Melhorar a disposição geral e a sensação de bem-estar.

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Para quem tem diabetes, que necessita de atividade com maior gasto calórico e que atue na taxa metabólica, sugerimos que a prática do Pilates seja acompanhada por caminhada, corrida, bicicleta, natação ou outra atividade de caráter aeróbio.
Essas atividades devem ser feitas com acompanhamento do educador físico, após uma avaliação médica e nutricional.

http://www.starbemmais.com.br/NutricaoExercicios/Exercicios/6

http://www.savassipilates.com.br/pilates/40-pilates-x-diabetes-mellitus.html

http://www.purepilates.com.br/artigos/pilates-e-diabetes/202

Pilates X Diabetes

http://www.purepilates.com.br/artigos/os-beneficios-do-pilates-para-pessoas-com-diabetes/383

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